Apesar do cansaço e da correria de mais um fim de semestre, o blog Diplomática na Copa entra em campo para apresentar mais uma atividade.
O formulário para análise documental tem por objetivo identificar as séries documentais de um arquivo e estabelecer o contexto arquivístico dos documentos desse arquivo. O formulário em questão será usado para a análise do nosso documento: O Regulamento Geral das Olimpíadas Universitárias. Para essa análise é preciso caracterizá-lo arquivisticamente, ou seja, levar em conta o seu contexto de criação, sua proveniência, seu produtor e destinatário, o trâmite e a legislação, entre outras características, bem como definir diretrizes para sua classificação, avaliação, descrição, e conservação mais adequada.
Devemos conhecer a fundo o documento, e identificar em qual tipo documental ele se insere (juntar os iguais), e ordená-los em série (ordenação definida pela função para qual o documento foi gerado). Vamos iniciar nosso formulário buscando alguns conceitos primordiais para a contextualização do documento, partindo do Geral para o específico. Dividimos em quatro campos distintos para melhor organização e visualização dos tópicos:
1. Aspectos Gerais e conceitos importantes
2. Especificações do documento
3. Características externas do documento
4. Características internas do documento
1. ASPECTOS GERAIS E CONCEITOS IMPORTANTES
DIPLOMÁTICA: Disciplina que tem como objetivo o estudo da estrutura formal e da autenticidade dos documentos, é a ciência que analisa a autenticidade e a integridade de documentos, buscando a metodologia para conhecê-lo, entende-lo e caracterizar-lo. O objeto de estudo da Diplomática é a espécie documental.
TIPOLOGIA: Permite averiguar as particularidades do produtor,destinatário, legislação, trâmite, a ordenação e proceder a avaliação dos documentos, inserindo-os nas séries pertinentes. O objetivo da tipologia é estudar o documento enquanto componente de conjuntos orgânicos, isto é, como integrante da mesma série documental, advinda da junção de documentos correspondentes a mesma atividade. O objeto de estudo é o tipo documental.
ORGANICIDADE: É o vínculo entre a atividade e o documento. Qualidade segundo a qual os arquivos refletem a estrutura, as funções e as atividades da entidade acumuladora em suas relações internas e externas.
SÉRIES DOCUMENTAIS: Agregar os documentos que vieram da mesma atividade e que tem o mesmo produtor. Sequência de unidades de um mesmo tipo documental. O que irá determinar a série é a função do documento.
TIPOS DOCUMENTAIS: É a configuração que assume o documento de acordo com a atividade que ela representa, ou seja, saber de que documento se trata e quais são seus iguais, para colocá-los juntos e ordená-los em série.
AUTENTICIDADE: Conjunto de elementos que caracterizam a confiabilidade do documento. Para que um documento seja autêntico, necessita ser criado por uma entidade competente e possuir elementos que garantem a sua existência ( assinatura por exemplo). Esses elementos irão validar o documento, demonstrando quem é seu autor e que este assume e concorda com o conteúdo das informações ali presentes.
INTEGRIDADE: É a possibilidade de atestar a inteireza do documento eletrônico após sua transmissão, bem como apontar eventual alteração irregular de seu conteúdo. (Nosso documento está disponível em meio eletrônico)
VERACIDADE: Avalia o contexto em que o documento está inserido e constata se o mesmo foi criado a partir de informações honestas. Diz respeito a informação, é a característica da informação ser verídica, verdadeira, conter informações que condizem com o que realmente aconteceu,baseado na verdade.
CLASSIFICAÇÃO: Função arquivística que organiza, tanto física quanto intelectualmente, os documentos de acordo com a atividade que o geraram. O enfoque se dá na informação registrada no conjunto documental, nas séries, e não no documento único.
AVALIAÇÃO: Função arquivística que define o universo do que é arquivado definitivamente ou eliminado. Processo de analisar os documentos dos arquivos atribuindo-lhes valores para determinar sua destinação.
2. ESPECIFICAÇÕES DO DOCUMENTO
Para conhecer as especificações do documento vamos pontuar requisitos fundamentais para seu entendimento, como:
• A denominação tipológica do documento:
É a espécie + função do documento no arquivo. Ex. Regulamento Geral das Olimpíadas Universitárias para cumprimento das normas estabelecidas pela organização.
• O contexto de criação do documento:
Analisar o contexto é compreender a circunstância de criação, o procedimento de como e pare que foi criado e de qual série faz parte. O documento se liga ao contexto de produção (resultado de uma ação) e preservado como prova desta. É preciso indicar quem criou, onde e quando isso se deu, por que foi produzido e como ocorreu esse processo.
• A denominação da espécie documental:
É determinar qual configuração que assume o documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas. É a divisão de gêneros documentais que reúne tipos documentais por seu formato. Ex. Regulamento, certificado, atestado.
• A data tópica:
É o local onde o documento foi produzido.
• A data cronológica:
É a data em que o documento foi produzido.
3. CARACTERÍSTICAS EXTERNAS DO DOCUMENTO:
As características externas do documento se referem ao revestimento físico da forma documental, como:
Gênero: Reunião das espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente o suporte e a forma. Ex. documento textual, documento imagético.
Suporte: Meio no qual a informação está inserida. Ex. Papel, disco óptico.
Forma: Estágio de preparação e transmissão do documento. Ex. Original, cópia, minuta.
Formato: Configuração física de um suporte, de acordo com sua natureza e o modo como foi acondicionado. Ex. Folhas múltiplas, livro, tiras de microfilme, caderno.
Sinais especiais: Se contem símbolos, assinaturas, carimbo, selos, entre outros.
4. CARACTERÍSTICAS INTERNAS DO DOCUMENTO:
As características internas do documento se referem à articulação intelectual da forma documental, é a apresentação do conteúdo.
Entidade produtora: Quem ou que órgão produziu a documentação.
Entidade receptora: Quem ou que órgão que recebeu essa documentação
Função do documento: Saber qual a função do documento naquela instituição e naquele arquivo.
Legislação: Conhecer e saber quais leis que amparam e validam o documento.
Trâmite: Ter conhecimento do curso do documento desde a produção até o cumprimento de sua função administrativa.
Descrição: É a função arquivística que permite a ampliação da compreensão do documento. É quem garante a ampla compreensão do conteúdo do acervo, possibilitando tanto o conhecimento como a localização dos documentos que o integram.
Ordenação da série: Foi usado critério alfabético para a ordenação da série? Critério numérico?
Destinação final: Saber qual o prazo de guarda da documentação se será permanente ou se será eliminado após x anos.
Por: Gustavo, Iverson e Kaio.
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terça-feira, 28 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
FIM DA HISTÓRIA SEM FIM...
O juiz acaba de apitar o término da querida HISTÓRIA SEM FIM pelo nosso blog DIPLOMÁTICA NA COPA. Primeiramente vamos analisar um documento, que o blog Passaporte para a informação mandou.
Denominação: Nomeação do novo Presidente da Embratur
Definição: Documento torna pública a exoneração do ex-presidente da EMBRATUR ( Mario Augusto ), para que seja nomeado, para presidente, Flávio Dino
Classe/ Gênero: Textual
Suporte: Papel
Formato: Folha avulsa
Forma: Original
Produtor: Imprensa Nacional
Destinatário: Ao ex-presidente da EMBRATUR e o atual.
Legislação: Decreto 4734
Vigência: Indeterminado
Signos especiais: Logomarca da Imprensa Nacional
Conteúdo: Exoneração/ Nomeação do Presidente da Embratur
Função Administrativa: Exonerar/ Nomear presidente do Instituto Brasileiro de Turismo
Função Arquivística: Provar que ouve, numa determinada data, mudança de pessoas num cargo superior.
Trâmite: Após a Ministra de Estado Chefe da Casa Civil, assinar o documento, o mesmo deve ser publicado no DOU.
Escatocolo:
Data: Cidade e data
Validação: Logomarca da Imprensa Nacional, certificado digital
Após a análise diplomática e tipológica , o grupo passaporte para a informação, pediu para falarmos, se pelo fato do documento está publicado em um meio oficial, ele poderia conter informações inverídicas, e mais, publicações não autênticas. A resposta para essa questão é muito simples (sem atribuir um valor negativo a essa simplicidade). O Diário Oficial, em todas as suas ramificações, da União, do Estado, do DF e dos Municípios, possui um sistema que, em termos, garante a autenticidade e a integridade das publicações. Para que uma pessoa possa ter o direito de publicar algo no Diário Oficial, é necessário que essa pessoa, possua cadastro e um certificado. Para se cadastrar o interessado deve formalizar pedido de cadastramento de seu gerente por meio de ofício da autoridade competente da unidade gerencial ou entidade interessada, juntamente com o formulário de cadastro devidamente preenchido. Uma vez cadastrado, o gerente poderá cadastrar outros gerentes e usuários em seu respectivo órgão, para utilização do sistema. Resumindo, após o cadastramento o gerente possui um certificado digital, e é esse certificado que garante a segurança. Obviamente, se o gerente enviar informações inverídicas e não autênticas estas permanecerão.
Concluindo a História Sem Fim...
A galera do blog Passaporte para a Informação sugeriu a volta em 2014 para Brasília das pessoas que anteriormente vieram à cidade para o encontro de reconhecimento nacional dos arquivos. Tal volta aconteceu depois da nomeação de Flávio Dino de Castro e Costa como presidente da EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo. Esse órgão é uma autarquia responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz respeito a promoção, marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros. Esse trabalho foi muito bem desenvolvido no que diz respeito a promoção de Brasília no cenário nacional na Copa do Mundo, animando assim os integrantes para o tal retorno. Nessa volta, notaram mudanças surpreendentes em relação à estrutura da capital do Brasil.
Ao desembarcarem no aeroporto já se depararam com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que dava acesso direto ao Setor Hoteleiro de Brasília. Notaram que o veículo era confortável e silencioso. Possuí janelas amplas, climatização, comunicação com o piloto, piso no mesmo nível da plataforma, convívio trem-automóvel-pedestre com segurança, controle operacional e perfeita adequação ao trânsito.
Após deixarem suas respectivas bagagens nos hotéis, decidiram visitar um novo ponto turístico da cidade: A Torre Digital. A torre tinha 180 metros de altura, sendo 120 metros de concreto e 60 metros de antena. O mirante, com uma linda vista de toda capital, ficará a 110 metros de altura. Além do café e da sala de exposições , no térreo funcionarão espaços para atividades comerciais e culturais.
Como o Centro Olímpico da UnB está servindo como base para algumas seleções de futebol treinarem durante a copa, a turma toda resolveu fazer uma visita também a Universidade. A Copa do Mundo impulsionou uma série de reformas e melhorias não só nos estádios, mas em toda UnB, acabando com os alagamentos e infiltrações que ocorriam nos anos interiores.
Depois de notarem que a cidade estava realmente preparada para receber tal evento, decidiram ir à parte que realmente os interessava, o tão esperado jogo da seleção brasileira no novíssimo estádio Mané Garricha.
Estádio lotado, 70 mil pessoas acompanhando o jogo, Brasil x Argentina, uma grande rivalidade, toda a torcida ansiosa para o início da partida, os jogadores entram em campo para trazer emoção para toda a torcida de Brasília, do Brasil e do mundo...
Por: Gustavo, Iverson e Kaio.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Edição Especial(VI)- Cidades Sedes: Manaus
No século XIX Manaus conheceu o luxo e a prosperidade propiciados pelo chamado Ciclo da Borracha, e ali foram construídos, com materiais exclusivamente europeus e em estilos art nouveau e neoclássico, imponentes edifícios como o Teatro Amazonas, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o prédio da Alfândega e o Palácio da Justiça.
Hoje visita obrigatória dos turistas, estes locais fazem parte do patrimônio histórico e arquitetônico da cidade.
Em Manaus, os jogos de futebol são realizados principalmente no Estádio Vivaldo Lima, o “Vivaldão”, com 43 mil lugares, e no Estádio do São Raimundo, com capacidade máxima de 16 mil lugares. Para a Copa de 2014, o projeto é o de demolição do Vivaldão, e a construção em seu lugar de um novo estádio ou arena multiuso. A capacidade estará perto de 48 mil assentos e contará com 11 mil vagas de estacionamento, no estádio e imediações. O estádio deverá esta concluído até o primeiro semestre de 2013, para atender aos jogos da Copa das Confederações, que irá ocorrer no início do segundo semestre.
Como o futebol no Amazonas é incipiente, e seu público ainda pequeno, o retorno do investimento provavelmente não virá da receita dos ingressos. A expectativa é que a obra se pague pelo aumento do turismo na região, que é o grande objetivo de Manaus com a Copa. Desta forma, a iniciativa privada não deverá ser o grande investidor da obra, e o mais provável é que o governo do estado aloque recursos próprios para viabilizar o equipamento.
Estima-se que os ganhos de visibilidade internacional do Brasil com a ampla cobertura pela mídia do campeonato se revertam em um aumento do fluxo de turistas para a Amazônia, que é um destino quase obrigatório para a maioria dos turistas estrangeiros que vierem para o Brasil em 2014. E Manaus, base para esse turismo ecológico, usufruirá desse incremento durante e no pós-Copa. Manaus conta com cinco bandeiras de hotelaria (Tropical Hotel, Mercure, Novotel e Ibis) e mais cinco hotéis estão sendo construídos. Mesmo que muito do potencial turistico da cidade ainda esteja por ser melhor explorado, principalmente para atender ao ecoturismo, o objetivo agora é melhorar a recepção ao turista. Para tanto, a cidade precisará ampliar sua rede hoteleira, melhorar a oferta gastronômica e, principalmente, modernizar os sistemas de mobilidade.
O principal gargalo na cidade de Manaus, quando se discute infraestrutura, é a mobilidade urbana. A cidade sofre com grandes congestionamentos nas vias de acesso ao centro e a Copa já é vista como uma oportunidade para viabilizar os estudos e projetos para a rápida implantação de sistemas de transportes coletivos de média capacidade, como VLP ou VLT.
Manaus já é atendida por um aeroporto internacional, o Aeroporto Eduardo Gomes, com capacidade para atender à demanda atual. Entretanto, o incremento do turismo esperado a partir da Copa de 2014 exigiu um plano de modernização, que já está sendo concebido. A proposta envolve a ampliação e reforma do terminal de passageiros, a ampliação dos pátios e da pista existente e a construção de uma segunda pista de pouso e decolagem.
A estação de passageiros atual tem 43 mil m2 de área, e a área projetada é de 80 mil m2. O valor do investimento para esta obra é da ordem de R$ 192 milhões. Já a ampliação do pátio e pistas do aeroporto devem custar R$ 600 milhões, com prazo de operação em dezembro de 2013.
O principal desafio de Manaus para esta Copa é atender adequadamente – em padrões internacionais – os turistas que virão em 2014 e após o evento esportivo. A construção do novo estádio deve ser equacionda nesse contexto, considerando que o retorno dos investimentos na arena virá do turismo, já a partir de 2013.
A conclusão é que todos os investimentos deverão ser feitos para melhorar e modernizar aspectos da infraestrutura, hotelaria e saúde pública. Outro ponto importante são as ações para conter o desmatamento da Amazônia, talvez a maior ameaça para a estratégia de Manaus em 2014.
Fonte: G1