segunda-feira, 30 de maio de 2011

Jabulani !

Boa noite torcedores,

Estava aqui pensando sobre os pontos principais para a realização de uma Copa do Mundo para saber quais quesitos o Brasil esta correndo atrás, tais como: infra-estrutura das cidades para recebimento dos turistas, modernização dos estádios de futebol, modernização dos sistemas de transporte, etc.
Mas me dei conta que uma participante essencial para a realização de uma partida de futebol estava sendo esquecida: a bola.
A cada edição da Copa do Mundo é criado um novo modelo para essa participante primordial e você pode conferir suas alterações desde a Copa de 1970 até a última edição realizada na África do Sul clicando aqui.
A evolução no processo de criação das bolas oficiais vem se modernizando a cada edição do evento, então resolvi fazer um breve estudo sobre o processo de criação da última bola apresentada na copa de 2010, a tão temida: JABULANI !
A Jabulani, que na língua nativa significa ‘celebrar’, ficou conhecida por ser uma inimiga mortal dos goleiros e companheiríssima dos atacantes, por ter características como ser muito veloz e imprevisível em relação às curvas. Tudo isso por ter métodos de produção mais modernos e contando com materiais nunca utilizados antes, tais como:
  • Construída com 8 painéis colados, com formato esférico, 3D, em EVA e TPU, que concedem a bola uma circunferência perfeita
  • Tecnologia Grip’N’Groove, que permite o vôo diferenciado da bola
  • Câmara em látex para proporcionar um quique de melhor qualidade
  • Proporciona força, efeito e controle nunca vistos antes no futebol

Você pode acompanhar o processo de produção da bola clicando aqui.
Tal objeto despertou a curiosidade de torcedores no mundo inteiro que foram direto para as lojas de artigo esportivo à sua procura afim de adquirir um exemplar que estava sendo utilizada na Copa. Porém a venda da Jabulani oficial só foi liberada após o término do evento, então me veio a dúvida: as pessoas que não tinham acesso a tal informação sabiam que estavam comprando meras réplicas?
Resolvi então aplicar os princípios da disciplina Diplomática e Tipologia documental em relação a questão da autenticidade e veracidade que o produto poderia apresentar:

Caso os compradores estejam cientes de que o produto é uma simples réplica:
·         podemos entender o produto como autêntico, já que ele possui o trâmite de uma réplica, que é muito diferenciado do trâmite da bola oficial.  Podemos também entende-lo como verídico, já que ela seria o que realmente diz ser para a pessoa que está adquirindo o objeto.
Caso os compradores tenham sido enganados:
·         O objeto será entendido como não autêntico, pois seu trâmite de produção não terá sido o mesmo que deve ser seguido na produção da bola oficial, mudando assim também o material na construção do objeto (acabando por utilizar materiais de menor qualidade) e também por não conter sinais de validação, como por exemplo, o selo oficial da FIFA. Será também, visto como um objeto não verídico, já que tenta se passar por algo que não é de fato.

Caso tenha sido enganado e tenha adquirido uma réplica ao invés de uma bola oficial, aquela velha desculpinha dos pernas de pau de plantão até pode ter um certo fundamento, quando dizem: a culpa é da bola!
Já que a réplica é constituída de material inferior e não possui as qualidades esperadas.

Att, Kaio Cesar .


Um comentário:

Adrielly Cristina Martins Torres disse...

Kaio,

na primeira situação, na minha opinião, você não poderia afirmar que a réplica é autêntica. Afinal, alguns elementos como o tecido utilizado pra confeccioná-la, a etiqueta e o selo da FIFA deveriam ser analisados para garantir a autenticidade da mesma. Além do mais, essa réplica não é diplomaticamente autêntica, pois a bola não passa de uma cópia simples da bola original, ou seja, é uma mera transcrição do conteúdo da original, não podendo ter efeitos legais.
O que muda nas duas situações é a questão da veracidade, que você esclareceu muito bem.

Parabéns pela postagem.
(:

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