sexta-feira, 24 de junho de 2011

Edição Especial(VI)- Cidades Sedes: Manaus

Fundada em 1669, a capital do Amazonas é o maior centro econômico da Região Norte, e a oitava cidade mais populosa do Brasil. Detém o 7º maior PIB do país, e é um importante polo industrial, além do ecoturismo na Amazônia, que tem na cidade um ponto referencial de partida.
No século XIX Manaus conheceu o luxo e a prosperidade propiciados pelo chamado Ciclo da Borracha, e ali foram construídos, com materiais exclusivamente europeus e em estilos art nouveau e neoclássico, imponentes edifícios como o Teatro Amazonas, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o prédio da Alfândega e o Palácio da Justiça.
Hoje visita obrigatória dos turistas, estes locais fazem parte do patrimônio histórico e arquitetônico da cidade.
Em Manaus, os jogos de futebol são realizados principalmente no Estádio Vivaldo Lima, o “Vivaldão”, com 43 mil lugares, e no Estádio do São Raimundo, com capacidade máxima de 16 mil lugares. Para a Copa de 2014, o projeto é o de demolição do Vivaldão, e a construção em seu lugar de um novo estádio ou arena multiuso. A capacidade estará perto de 48 mil assentos e contará com 11 mil vagas de estacionamento, no estádio e imediações. O estádio deverá esta  concluído até o primeiro semestre de 2013, para atender aos jogos da Copa das Confederações, que irá ocorrer no início do segundo semestre.

Como o futebol no Amazonas é incipiente, e seu público ainda pequeno, o retorno do investimento provavelmente não virá da receita dos ingressos. A expectativa é que a obra se pague pelo aumento do turismo na região, que é o grande objetivo de Manaus com a Copa. Desta forma, a iniciativa privada não deverá ser o grande investidor da obra, e o mais provável é que o governo do estado aloque recursos próprios para viabilizar o equipamento.
Estima-se que os ganhos de visibilidade internacional do Brasil com a ampla cobertura pela mídia do campeonato se revertam em um aumento do fluxo de turistas para a Amazônia, que é um destino quase obrigatório para a maioria dos turistas estrangeiros que vierem para o Brasil em 2014. E Manaus, base para esse turismo ecológico, usufruirá desse incremento durante e no pós-Copa. Manaus conta com cinco bandeiras de hotelaria (Tropical Hotel, Mercure, Novotel e Ibis) e mais cinco hotéis estão sendo construídos. Mesmo que muito do potencial turistico da cidade ainda esteja por ser melhor explorado, principalmente para atender ao ecoturismo, o objetivo agora é melhorar a recepção ao turista. Para tanto, a cidade precisará ampliar sua rede hoteleira, melhorar a oferta gastronômica e, principalmente, modernizar os sistemas de mobilidade.
O principal gargalo na cidade de Manaus, quando se discute infraestrutura, é a mobilidade urbana. A cidade sofre com grandes congestionamentos nas vias de acesso ao centro e a Copa já é vista como uma oportunidade para viabilizar os estudos e projetos para a rápida implantação de sistemas de transportes coletivos de média capacidade, como VLP ou VLT.
Manaus já é atendida por um aeroporto internacional, o Aeroporto Eduardo Gomes, com capacidade para atender à demanda atual. Entretanto, o incremento do turismo esperado a partir da Copa de 2014 exigiu um plano de modernização, que já está sendo concebido. A proposta envolve a ampliação e reforma do terminal de passageiros, a ampliação dos pátios e da pista existente e a construção de uma segunda pista de pouso e decolagem.
A estação de passageiros atual tem 43 mil m2 de área, e a área projetada é de 80 mil m2. O valor do investimento para esta obra é da ordem de R$ 192 milhões. Já a ampliação do pátio e pistas do aeroporto devem custar R$ 600 milhões, com prazo de operação em dezembro de 2013.
O principal desafio de Manaus para esta Copa é atender adequadamente – em padrões internacionais – os turistas que virão em 2014 e após o evento esportivo. A construção do novo estádio deve ser equacionda nesse contexto, considerando que o retorno dos investimentos na arena virá do turismo, já a partir de 2013.
A conclusão é que todos os investimentos deverão ser feitos para melhorar e modernizar aspectos da infraestrutura, hotelaria e saúde pública. Outro ponto importante são as ações para conter o desmatamento da Amazônia, talvez a maior ameaça para a estratégia de Manaus em 2014.
Fonte: G1

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